segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

10 dicas para escolher seu próximo smartphone




Os aparelhos celulares hoje em dia servem para muitas outras coisas além de ligar, enviar e receber mensagens. A comunicação móvel não é mais apenas o telefone e o SMS, se sofisticou com aplicativos de ligações e mensagens por internet, correio eletrônico e comunicadores instantâneos (messengers). Permitem ganhos incríveis de produtividade pelos seus recursos voltados ao desempenho de tarefas, desde gerenciar a agenda até consultar e produzir material de trabalho, como relatórios e apresentações. São verdadeiros centros multimídia, com música, vídeos e entretenimento digital. Ainda são considerados portas de entrada para um mundo cada vez mais conectado, possibilitando levar a interação com a internet, serviços e redes sociais a qualquer momento. Mas como a oferta de telefones inteligentes é bastante ampla, algum ponto não considerado na escolha pode ocasionar arrependimentos futuros. Com base nisso, elaborei 10 dicas bem simples para escolher o seu próximo smartphone sem precisar ser um "especialista" em tecnologia. São elas:  


1 – Segurança e Meio-Ambiente 


 As dicas a seguir podem ser dispostas de forma bem pessoal, seguindo as características de cada usuário, mas esta não. Isso porque segurança deve vir em primeiro lugar na escolha do item, sendo fundamental optar por um dispositivo seguro. Há relatos até mesmo de mortes relacionadas ao uso de equipamentos de péssima qualidade. Confira se os dispositivos atendem normas internacionais de segurança. De forma geral apenas fabricantes sem renome apresentariam essas condições de risco, mas sempre é bom verificar. Por exemplo, se o aparelho não tem peças que podem se soltar e serem engolidas pelas crianças. Para os mais neuróticos (no bom sentido!) alguns têm até ferramentas para travar o mesmo e localizadores por satélite em caso de perda ou roubo. Ao comprar, verifique também se a empresa possui um programa de reciclagem/reuso dos aparelhos velhos e coleta de baterias, muito prejudiciais ao meio-ambiente. Faça uma escolha segura e sustentável. 


 2 - Leia, estude, mantenha-se informado! 


 Sabemos que o conhecimento leva a decisões mais sábias, não vale só para isso, mas para qualquer decisão. Então na escolha do telefone celular não poderia ser diferente. Leia revistas, livros, veja filmes, reportagens de telejornais, visite páginas e fóruns de internet, escolha fontes de informação que te agradem e mantenha-se informado sobre o que anda acontecendo no mundo e não apenas aquilo que tange à tecnologia... 


 3 - Conheça seu perfil 


 Um amante de fotografia tende a escolher o aparelho que tem boa câmera, enquanto um executivo tende a escolher aquele que tiver mais ferramentas de uso corporativo. Funções como localização por satélite, teclado tátil e internet 3G podem ser fundamentais para alguns e totalmente inúteis para outros. Liste quais características são importantes para você. Sabendo o que buscar torna a procura mais simples. Há diversas páginas na internet que comparam aparelhos de uma mesma classe ou faixa de preço. Os fabricantes pagam por essas resenhas, principalmente em blogs, que acabam por induzir o leitor a optar por um determinado produto, comprometendo a isenção da comparação. Além disso, por mais técnica e isenta que seja a análise da comparação, é sempre a impressão de alguém e pode não bater com a sua. Portanto consulte vários antes de optar por um determinado aparelho. 


 4 - Decida quanto pretende gastar 


 A relação custo/benefício sempre é uma das coisas que mais devem pesar na hora da escolha. Conheça a gama de aparelhos na faixa de preço desejada. Não existem aparelhos gratuitos, se a operadora oferece isso a cobrança virá com a carestia do serviço, portanto desconfie. A melhor forma de buscar informações de forma rápida é a internet. Verifique em lojas virtuais a disponibilidade, preços, compare prazos e custos de entrega. Porém visitar uma loja física pode ser bastante interessante não apenas para conhecer o preço, vá a uma e peça para testar o equipamento, conhecer as principais funções e tire as dúvidas com o vendedor. Confira ainda descontos para clientes diretamente com as operadoras. Algumas podem oferecer subsídios interessantes para conquistar, cativar ou capturar o cliente via portabilidade. Ao comprar exija a nota fiscal e o certificado da garantia. 


 5 - Não tenha preconceitos 


 É muito comum hoje as pessoas se considerarem fãs de uma determinada marca, mas nem sempre o fabricante de sua preferencia oferece o produto mais adequado ao seu perfil. Há também os fanáticos pelas marcas: fuja deste povo, independente da qual "seita smartphônica" a pessoa pertença. Afinal quem vai usar o aparelho e quem vai pagá-lo é você, não deixe que ninguém decida por você. Procure dentre todos os fabricantes o equipamento que mais te agrada e não apenas os de um determinado fabricante. 


 6 - Aplicativos, Multimídia e Internet 


 Reprodução de música e de vídeo, fotos, jogos, gravação de voz, navegação WEB, redes sociais, memória e armazenamento de arquivos, rádio, tv digital, computação em nuvem, etc. como são tantos os recursos desse pequeno e "admirável mundo novo" digital. Como não há aparelho perfeito, o melhor a fazer é escolher aquele que possuir o melhor balanço de capacidades e agrade mais o gosto do usuário. É fundamental que o fabricante tenha uma loja de aplicativos para o usuário escolher quais instalar, afinal a oferta de aplicativos permite a personalização do aparelho conforme suas necessidades e vontades, conferindo identificação e até mesmo envolvimento emocional do usuário com seu equipamento. Porém oferta não significar qualidade, apenas uma pequena parte do total de aplicativos do universo móvel são realmente bons. Todas as grandes plataformas hoje contêm um número de aplicativos que podem atender bem ao que você busca. 


 7 - Garantia e assistência técnica 


 Procure informações sobre os defeitos usuais de cada aparelho em fóruns de internet, reclamações contra o fabricante nos órgãos de defesa do consumidor ou com alguns proprietários que você conheça. Pesquise a rede de assistência técnica, o tempo e os termos da garantia, ofertas de garantia extendida e seguros por roubo/quebra acidental, etc. 


 8 - Design 


 A linguagem estética dos aparelhos pode e deve ser considerada na escolha. Peso, dimensões e forma do aparelho, definição (qualidade) da tela, tipo de teclado (numérico, QWERTY, tátil ou combinações), número de botões (ou até a ausência deles), a linguagem gráfica dos aplicativos/SO e tudo mais tornam o aparelho agradável ou não aos olhos e ao toque. Pode-se somar além do aspecto visual outras características de acabamento como materiais utilizados e a facilidade para a limpeza como fatores preponderantes de escolha. 


 9 - Hardware e Software 


 Processador, memórias RAM/armazenagem de dados e recursos do sistema operacionais são bem importantes para saber se um aparelho é adequado ou não. Todo o sistema é motorizado pelo processador, mas não significa que o mais rápido seja o melhor, análogo por exemplo a um motor de motocicleta (rápido) num caminhão (pesado). O processador precisa estar adequado às necessidades do restante do aparelho. Para sistemas operacionais mais pesados, processadores mais potentes. A quantidade de memória RAM é o tamanho do tanque de combustível, sistemas mais leves exigem menos RAM enquanto em aplicações mais elaboradas graficamente a exigência dela é bem maior. A indústria móvel hoje é muito mais voltada aos softwares embarcados do que há alguns anos. Cada sistema operacional tem suas próprias características, seja de ponto positivo ou de limitações. Palavras como Android, iOS, Blackberry OS, Symbian, Bada, MeeGo, Bada e Windows Phone podem soar estranhos aos ouvidos, mas procure importante conhecer as principais características de cada sistema, seus pontos positivos e limitações. O equilíbrio entre hardware e software garante que ocorram menos travamentos e a utilização da bateria seja otimizada. 


 10 - Se divirta no processo 


 Tudo isso pode ser muito um exercício muito divertido. Respire, não se afobe, vá com calma, não pule etapas, curta o processo, enfim, se divirta. Faça a melhor escolha e curta muito o seu novo brinquedo! 

Créditos da imagem: http://www.eou.com.br/wp-content/uploads/2011/06/mobile-diversity.jpg

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A incrível complexidade do que vestimos

No livro The Devil Wears Prada, de Lauren Weisberger, há um pequeno diálogo que ficou ainda mais marcante no filme de mesmo nome para o qual virou roteiro adaptado. Nele uma personagem, um jornalista chamado Nigel, em tradução livre, diz à sua assistente: "o que eles fizeram, o que criaram, é maior que a arte, pois nessas criações vivemos nossas vidas". Ele se referia a alguns estilistas específicos, mas isto pode ser transladado para a História humana como um todo. Nossas roupas contém muito mais do que simplesmente aquilo que vemos. Contém praticamente todo o engenho humano: arte, história, ciência e tecnologia.


Durante a Pré-História o homem precisava garantir sua sobrevivência num ambiente extremo e hostil. Predadores, parasitas, chuva e frio, ferimentos como cortes, queimaduras causadas por sol e arranhões eram rotina na vida do homem primitivo. Porém a capacidade de adaptação e aprendizado característica dos hominídeos mais recentes se encarregou de minimizar tais ameaças. Enquanto deixava a África e alcançava regiões mais frias, como o norte da Europa, a começou a utilizar as peles dos animais abatidos em caça como agasalho. Simultaneamente desenvolveu a técnica de entrelaçar ramos, folhas e cipós originando a tecelagem, utilizada para confeccionar cestos e tapumes para telhados e paredes. Observava intuitivamente a natureza, domesticava animais, desenvolvia a agricultura e adquiria o domínio do artesanato. Assim, novos hábitos e criações possibilitaram a sobrevivência de uma espécie que até pode ser considerada mais fraca do ponto de vista biológico, enquanto tantas outras se extinguiram. Não se sabe quando aprendeu a fiar e quando o tear foi inventado, mas ele permitiu a conversão de fibras como linho, algodão, juta, bambu, cairo, lã e casulos de insetos em fios. Por permitir a criação dos primeiros tecidos, está entre as maiores invenções da Antiguidade. Combinados a agulhas e tesouras arcaicas universalizaram o uso das peças de vestuário, exceto em alguns poucos grupos étnicos que ainda mantém o hábito da nudez, completa ou parcial. Também os tecidos começaram a ser utilizados de forma mais ritual e decorativa, sendo a tapeçaria uma das mais antigas formas de arte.


A produção têxtil sempre impulsionou o desenvolvimento econômico. A inserção de velas de pano em embarcações permitiu a expansão do comércio. A Rota da Seda, primeiro grande canal de troca de mercadorias, principalmente do nobre e brilhante tecido oriental, unia a Europa, passando pela Ásia Menor e Central, a China. A Revolução Industrial se deu pela necessidade da produção de manufaturados, principalmente de tecidos e podemos considerá-la o marco zero da engenharia têxtil, que visa tanto a melhora dos fios e tecidos quanto dos métodos de produção. A nascente manufatura provocou uma completa transformação na produção de tecidos e roupas a partir do fim do século XVIII. As criações dos alfaiates passam a considerar características específicas de público urbano consumidor de moda que começava a nascer. O vestir passa a exercer uma função mais prática e menos decorativa, as roupas das elites perdem os excessos de enfeites enquanto a dos trabalhadores ganham características antes acessíveis somente aos mais abastados. Em 1830 o alfaiate francês Bartolomeu Thimonnier cria a máquina de costura e faz nascer a indústria da moda como conhecemos hoje. Em 1830 o alfaiate francês Bartolomeu Thimonnier cria a máquina de costura e faz nascer a indústria da moda como conhecemos hoje. Somando a isso, já no século XX, surge uma vasta gama de materiais conversíveis em fibras, principalmente polímeros derivados do petróleo. Dos polímeros plásticos nascem tecidos tecnológicos como nylon, poliéster, elastano e aramida. Até mesmo de fibras de vidro, carbono e borracha de látex foram criados novos tecidos para atender demandas cada vez mais específicas, como confeccionar peças para a prática de esportes e uniformes profissionais. Os novos materiais e métodos industriais reduziram os custos e a produção se profissionalizou de forma impressionante.
Atualmente, a verve criativa dos designers da chamada alta-costura se mostra o lado mais vibrante da indústria têxtil. Porém a globalização da produção e do mercado consumidor necessita de uma cadeia econômica integrada muito ampla. Agrega desde a produção de matérias-primas a laboratórios de P&D de novos materiais têxteis, sustentando empregos desde temporários nas colheitas de algodão a especialistas: investigadores científicos e engenheiros de materiais. A facilidade da comunicação num mundo conectado, o difícil equilíbrio entre a internacionalização dos hábitos e a valorização de identidades locais, a busca por personalização, a segmentação em "tribos" da sociedade moderna, necessidade de uma forma mais sustentável de produção/consumo de roupas exigem que a moda a se reinvente a cada dia. 
Se num primeiro momento as vestimentas foram uma resposta criativa à necessidade de sobreviver, depois a relação entre as pessoas e suas roupas passou a ser muito mais ampla e complexa que apenas proteger e aquecer. De forma quase sempre imperceptível, essa relação nos acompanha em todos os momentos de suas vidas, sendo quase um elo de ligação entre as mais diferentes pessoas. Está presente na uniformidade de vestes dos grupos de operários e estudantes. Tanto no uso do nosso jeans cotidiano quantos modelos desfilando peças conceituais de alta-costura. Aventura-se com pilotos de Fórmula 1 em seus macacões antichamas e alpinistas em seus agasalhos protetores. Vai à guerra com soldados e suas fardas, chega ao espaço sideral levada pelos astronautas em seus trajes especiais. Desde os primórdios da civilização essa relação se mistura com a evolução da sociedade humana de tal forma que não é possível separar uma da outra sem que se desfaçam como no ato de puxar um fio numa malha de tricô... 

(versão adaptada de texto original para fins acadêmicos)


Créditos da imagem utilizada: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Meister_nach_Chang_Hs%C3%BCan_001.jpg

sábado, 5 de novembro de 2011

Uma extraordinária jornada

Se você ainda não ouviu falar de Felicity Aston, ela é uma exploradora britânica de 33 anos. Apesar de jovem, Aston já é bastante experiente em aventuras pelo mundo.

Mas agora a jornada que Felicity toma agora é bastante desafiadora: a Kaspersky Transantarctic Expedition One. O One do título não é por acaso, é "one" de "um" mesmo (no caso é uma mesmo), Felicity viajará sozinha pela Antártida entre novembro de 2011 e janeiro de 2012. Por 70 dias, ela irá cruzar as paisagens transartárticas, num total 1700 km de esqui e caminhada pelo pólo sul.

Ao fim da viagem terá o recorde mundial para o maior expedição feita por uma mulher na região polar. Mas eu não acho que isso seja a coisa mais importante, mas sim a coragem, a aventura e pela inspiração de como uma pessoa pode e deve tentar alcançar seus objetivos.

 E o legal é que dá para acompanhar tudo pela internet, inclusive pelas redes sociais:

 http://transantarctic.kaspersky.com 

http://twitter.com/#!/felicity_aston

http://www.facebook.com/Kaspersky

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

NFC: como o seu celular pagará suas compras

Tecnologia sem fio aposentará seu cartão de crédito e de débito e ainda te livrará daquela velha, feia e incômoda carteira de couro 





"NF o quê?" 

NFC, contração de Near Field Communication (ou "comunicação em campo próximo", em tradução livre) é um protocolo de transferência de dados de baixo consumo de energia e curto alcance criado pela Sony e seu fornecedor de semicondutores NXP em 2002, que agora começa a se tornar popular fora do Japão. Consiste em um sistema de chaveamento seguro entre dois "chips", onde o emissor envia um sinal de radiofrequência que é imediatamente reconhecido pelo receptor e um canal entre eles é aberto. Propicia ganho  de agilidade e conforto para o usuário.



Dentre as possíveis utilizações do NFC destacam-se o compartilhamento de dados/arquivos entre pessoas, pareamento seguro entre diferentes equipamentos (um fone Bluetooth e um smartphone ou um modem sem fio e um computador portátil via WLAN são exemplos) e comércio eletrônico. A velocidade de transferência é baixa, porém o grande diferencial em relação ao Bluetooth e WLAN é a segurança, pois todas as conexões são criptogradas.

"E eu com isso?" 

A segurança intrínseca torna bastante promissora a utilização do NFC em transações comerciais por meio de dispositivos móveis, como celulares etablets. Assim, gigantes como PayPal/EbayAmerican Express,McDonald'sDeustche TelekomBank of AmericaT-Mobile, VisaTelefónica já demonstraram empenho em desenvolver a ferramenta. O Google lançou recentemente o Wallet, um serviço de pagamentos por celulares e o Android (Gingerbread 2.3) dá suporte completo aos chips NFC em nível de controle do hardware. Rumores indicam que o a próxima versão do iPhone também. A Nokia parece ser até agora o fabricante mais entusiasmado, recentemente lançou quatro aparelhos 
Symbian Belle e um em plataforma MeeGo (N9), apresentou alguns aplicativos já desenvolvidos por ela e indica  a ferramenta que será default em seus smartphones. Com isso, programadores de todos os maiores sistemas operativos móveis do mercado já podem desenvolver aplicações do protocolo.


"Ih! Isso está tão longe da minha realidade..." 


O principal uso até agora (sobretudo no Japão e na Coreia do Sul) se dá em estações de metrô e trem onde o usuário aproxima seu smartphones em sensores localizados nas catracas e o valor da passagem é debitado diretamente de sua conta corrente ou cartão de crédito. Em pontos de venda podem ser fixadas etiquetas identificando o produto e o consumidor direciona o seu aparelho para ela e a encomenda é feita de forma totalmente automatizada ou é direcionado para um link com informações em vídeo sobre o produto. Para endereços de internet o mesmo procedimento pode executar determinadas funções anteriormente programadas, como fazer check-in no Foursquare, por exemplo, sem necessidade de abrir aplicativos ou usar o GPS, gerando menores custos de pacote de dados e do uso da bateria. Algumas utilizações de NFC aplicado já desenvolvidas: 

Nokia Play 360º - caixa de som estéreo com acionamento Bluetooth por toque (vídeo com áudio em inglês) - http://pdh.co/nokianfc

Etiquetas NFC para check-in rápido no Foursquare (texto do blog Mobilepedia) - http://pdh.co/4sqnfc

Metrô de Paris começa a aceitar pagamentos via NFC (notícia em inglês no NFC World) - http://pdh.co/parismetro 

Supermercado francês testa ferramenta para deficientes visuais (matéria de Claire Swedberg para RFID Brasil) - http://pdh.co/casinonfc

Serviço Google Wallet (do blog do Google, em inglês) - http://pdh.co/walletnfc

"Mas, e no Brasil?" 

Por enquanto, só encontrei referências ao uso de NFC no serviço Paggo, da Oi!






Este texto foi escrito de acordo com a nova ortografia da língua portuguesa. Os links acima também foram usados como referência para o texto, aos autores, muito obrigado. 

Postado originalmente em http://pdh.co/fomm, segunda-feira, 3 de outubro de 2011, as 16:17:18 horas.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Intel tenta novamente embarcar Linux em dispositivos móveis

Após Meego, gigante dos semicondutores lança Tizen, em parceria com a Samsung Electronics 





Há alguns anos o mercado de telefones móveis inteligentes se tornou o grande foco das indústrias de tecnologia. Com o advento do iPad, primeiro computador sem teclado com grande êxito comercial, a Apple distanciou-se ainda mais numa corrida em que já liderava com o iPhone. A partir daí houveram algumas tentativas de emparelhar-se com o empresa liderada por Steve Jobs. O mais bem-sucedido em tal tarefa, foi o ecossistema móvel do Google, baseado em Linux, o Android, destacando-se da Microsoft (Windows Mobile e Windows Phone 7), HP/Palm (WebOS), Blackberry OS, entre outros.

A Nokia, após o lançamento do IPhone e de diversos modelos Android, viu-se numa situação totalmente nova: não era mais a líder em inovação na indústria de celulares. Apesar da qualidade de seu hardware, ele havia se tornado menos importante numa indústria muito mais focada em software. Sua primeira tentativa de modernizar seu sistema operacional foi o Maemo, baseado em Linux, distribuição Debian e avanços do projeto GNOME, no sofware livre. Enquanto isso, a Intel também desenvolvia um sistema equivalente, o Moblin, contração de Mobile Linux. Em fevereiro de 2010, as empresas anunciaram a fusão dos dois sistemas, dando origem ao MeeGo. Porém, um ano após o anúncio, a Nokia anunciou uma parceria com a Microsoft, visando utilizar Windows Phone em seus celulares. Apesar de nunca ter anunciado a saída do projeto, o mercado entendeu que o gigante finlandês dedicaria seu empenho na parceria com Redmont, relegando o Symbian (plataforma própria) e o MeeGo a segundo plano. A venda do Nokia N8, primeiro (e talvez único dispositivo) Meego iniciou-se em 27/09. 

 Coincidência ou não, no dia seguinte, Samsung e Intel anunciam o Tizen, com o apoio da Fundação Linux e do consórcio LiMo por comunicados à imprensa em Londres, R.U. e São Francisco, Califórnia . Com isso, a Intel retoma seu caminho em embarcar Linux em smartphones e tablets, o que garantiria demanda de seus processadores no futuro. Já a Samsung visa um sistema operativo que lhe dê identidade, afinal utiliza o Bada, (próprio), Windows Phone e, principalmente, Android. Aparentemente é quem mais ganha, afinal terá a plataforma praticamente pronta. E quem mais perde é a Nokia, que repassou um diamante bruto, que precisava ser apenas ser polido. Os avanços do novo ecossistema móvel ainda não foram revelados, apesar de haver forte destaque para o HTML5. A primeira versão estável do Tizen deve ser lançada no primeiro trimestre de 2012. Houve ainda o anúncio que todos os aplicativos MeeGo funcionarão no Tizan sem nenhuma adaptação.

 E é exatamente nos aplicativos que mora o sucesso ou o fracasso do Tizen: o suporte dos desenvolvedores. Como já há duas plataformas consolidadas no mercado, uma com potencial de competir com elas, mais um corredor na pista torna a corrida mais interessante...

A LinuxCon 2011, em São Paulo, 17 de novembro, é uma boa oportunidade para conhecer o caçula dos softwares da indústria da mobilidade: 


Postado originalmente em http://pdh.co/fomm,quarta-feira, 28 de setembro de 2011 15:11:57